1 de julho de 2012

Crítica: Cláudia Abreu acerta o tom e brilha como Chayene


Quando “Cheias de charme” começou, Cláudia Abreu pareceu estar caindo na tentação de fazer uma neo-Porcina (protagonista de “Roque Santeiro”, novela de Dias Gomes e Aguinaldo Silva). Tudo bem que a atriz nunca tinha interpretado uma personagem tão exuberante nas novelas. Mas a televisão, por sua vez, já tinha tido a sua Porcina e ela foi Regina Duarte. Na época, os anos 1980, Regina, apesar de ter atuado em “Malu mulher”, ainda era a namoradinha do Brasil. Esse trabalho surpreendeu o público tanto pela performance inesquecível da atriz quanto com a sua coragem de demolir aquela imagem prévia de santinha.
Agora, passados mais de 60 capítulos da estreia de “Cheias de charme”, Chayene sequer se assemelha a Porcina. Cláudia foi acertando cada vez mais o passo e deixando todas as sombras para trás. Hoje, parentesco por parentesco, a personagem lembra muito mais as cantoras de tecnobrega e afins em que ela se inspirou do que qualquer outro tipo já visto na televisão. Até o sotaque meio paraense está mais apurado.
Além disso, a atriz está bem cercada. Luiz Henrique Nogueira, o Laércio, é um grande parceiro de cena. E Titina Medeiros, a Socorro, que começou mal a novela, aparou os excessos iniciais sem sacrificar a dose de histrionismo que sua personagem exige. Finalmente acertou.
Fonte: Patrícia Kogut

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