Preta Maria Gadelha Gil Moreira, (Rio de Janeiro, 8 de agosto de 1974) mais conhecida como Preta Gil, é uma cantora e atriz brasileira. É filha de Gilberto Gil e afilhada da cantora Gal Costa.A imagem, ousada porém discreta, usada por Preta Gil no encarte de seu segundo CD, Preta (Geléia Geral), dá uma boa idéia das mudanças por que a filha do ministro da Cultura viveu desde sua estréia como cantora, há dois anos, com o disco Prêt-à-Porter.
Na época, embora a música Sinais de Fogo, de Ana Carolina e Totonho Villeroy, tenha feito certo sucesso nas rádios adultas, o CD chamou mais a atenção pelas fotos do que pelo conteúdo musical. Escolada com os erros do passado, Preta Gil agora quer inverter o jogo. Mais experiente, ela diz ter aprendido a medir seus atos e agora só quer pensar em música.“Deixei de ser ingênua”, diz a cantora. “Sou muito expressiva, e isso virou um rótulo, algo que detesto. Eu sou assim, mas não é algo absoluto em mim. Eu acreditava naquelas fotos, era verdadeiro. Na mesma época dei uma entrevista despreparada à revista ‘Trip', que ajudou a criar essa imagem de polêmica. Mas aprendi a trabalhar. Hoje tenho meu senso crítico, minha auto-censura.”
Contra os rótulos que tanto renega, Preta Gil gravou um disco bastante diversificado ritmicamente. A base de tudo é um pop dançante, que a cantora define como “afoxé-funk” – um exemplo dessa sonoridade está na primeira faixa de trabalho, Medida do Amor. Mas também há samba (Leva Eu pro Samba), MPB (Cheiro de Amor, famosa com Maria Bethânia), balada (Valeu) e axé (Eu e Você, Você e Eu).“Um diferencial importante desse disco, em relação ao primeiro, é que eu assumi minha veia artística. Sou eclética, mesmo; não tenho medo de dizer que gosto de pop, rock, funk, axé, soul, samba. Cresci entre o funk do Rio e os ritmos afros de Salvador”, destaca Preta.“Encontrei minha turma”
Com o segundo CD, a ex-produtora, publicitária, apresentadora de TV e alguns etc. vem mostrar que deixou tudo para trás em nome da música. Para assumir o que considera sua verdadeira vocação, Preta Gil não teve medo de pedir a colaboração de novos e antigos valores da música brasileira.De Sandra Sá, Preta Gil recebeu a música Estágio do Prazer (parceria com Macal). A dupla Adriana Calcanhotto e Dé Palmeira cedeu Vá Lá e Pedro Luís, Valeu. Gigi, baixista de Ivete Sangalo, compôs Muito Perigoso e Suave. Moraes Moreira homenageou a cantora com Leva Eu pro Samba, que ele fez sob medida para Preta Gil depois de participar do programa “Caixa Preta”, que ela comandava na Band.
Os filhos de Moraes Moreira tiveram participação decisiva no disco. Com Fefe Gurman, Ari Moraes compôs O Beat, que tem os vocais de Lenine. Davi Moraes também canta em algumas faixas. Como compositor, ele assina, sozinho, Medida do Amor, e com a percussionista Lanlan, Tresloucados. A música leva o mesmo nome do grupo que ambos formavam com Preta Gil e que chegou a fazer alguns shows, principalmente no Rio de Janeiro.Para a intérprete Preta Gil, essa nova geração significa mais que uma fonte de composições. É o caminho para a identidade musical que ela busca em sua carreira.
“Foi muito difícil, no início, me aceitar como cantora, pois eu me via como produtora. Quando decidi seguir a carreira, pedi músicas para meu pai, mas ele mandou eu procurar minha turma. Aquilo foi um choque, mas depois entendi o que ele quis dizer, com toda a sua sabedoria. Hoje eu encontrei a minha turma. Acredito muito nesses novos compositores e sempre vou apoiá-los”, conta Preta Gil.Como aconteceu com Prêt-à-Porter, Preta começa emplacando uma música nas rádios de estilo adulto, Medida do Amor. Mas Preta Gil não pretende parar por aí. A música ganhou um versão remix do DJ Malboro, que logo vai começar a tocar nas rádios populares. E, para o carnaval, a aposta da cantora é o axé Eu e Você, Você e Eu.No início de 2006, Preta Gil promete repetir o feito deste ano e subir novamente no trio elétrico em Salvador. Quem sabe, fantasiada de Mulher-Maravilha.
Postado por Linneker
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