No momento em que a parceria do “Pânico” com a Band foi anunciada, a primeira coisa que veio à cabeça de quem acompanha os bastidores da TV e até dos telespectadores, foi a questão dos dois humorísticos de maior sucesso no Brasil dividirem a mesma casa.
Cabem na Band o “Pânico” e o “CQC”? Essa pergunta foi feita por quase todos e seria impossível não relacioná-los, sobretudo agora, no mesmo canal, dividindo os mesmos estúdios, expondo os novos mestres do humor no país na Band.
Passado um mês, a resposta está escancarada. Não, desse jeito, não tem como. Dois corpos não cabem no mesmo espaço, já explicava Isaac Newton, pai da física moderna. Principalmente dois corpos com massas iguais, tão parecidos.
É claro que o humor irreverente do “Pânico” pouco se compara com o inteligente do “CQC” – ainda que essas duas definições já estejam ultrapassadas. Mas, mesmo assim, uma das partes vai ter que mudar e se readequar a essa nova situação. Óbvio que estou falando da parte mais fraca: o humorístico de Marcelo Tas.
Depois que a jornalista Fabíola Reipert divulgou que o “CQC” deixou de exibir uma entrevista com o marido de Ana Hickmann por conta do “Pânico” ter feito isso no dia anterior, fica mais do que evidente o destino do “CQC”, se não inovar.
Outras pautas polêmicas virão pela frente e o programa dos “homens de terno” terá que tirar o coelho da cartola, o que não é pedir muito, principalmente se tratando de pessoas tão criativas como eles. Rafinha Bastos e Danilo Gentili seriam importantes agora.
Investir em reportagens diferentes, ter mais conteúdo surpresa para o público e apostar no novo, evitando as mesmas festas de sempre, as mesmas coberturas e as mesmas entrevistas. Cabe a Marcelo Tas e sua equipe trocar de piada. Inventar novas.
Se esquivar do “Pânico” será a melhor forma de se defender e, não mais que por consequência, atacar.
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