2 de fevereiro de 2009
A LEI E O CRIME: A Record atira na concorrência
por Valério Cruz Brittos e Andres Kalikoske
Respectivamente, professor no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e mestrando em Ciências da Comunicação na Unisinos
O telespectador que sintonizar a Record nas noites de segunda-feira poderá constatar que a cultura de massa trabalha com fortes doses de homogeneização, reproduzindo elementos de produtos que, por terem obtido êxito, ainda se encontram no imaginário popular. Prova disso é o seriado A Lei e o Crime, empreitada da emissora de Edir Macedo que já está incomodando a Globo, por alcançar a vice-liderança isolada de audiência na Grande São Paulo e picos de primeiro lugar no Rio de Janeiro. No mercado internacional, promete fazer dinheiro, repetindo o desempenho de seus antecedentes similares.
Com muitos tiros e custo elevado – são R$ 600 mil por episódio, três vezes mais do que é gasto no capítulo de uma telenovela –, o enredo resgata temáticas comuns aos brasileiros, como corrupção policial e violência extremada nas favelas cariocas. Seu elenco ainda conta com dois atores oriundos do bem-sucedido filme Tropa de Elite, o que torna quase impossível não comparar o seriado com a respectiva obra cinematográfica.
Este não é o primeiro investimento da Record em seriados. Em 2003, a emissora levou ao ar A Turma do Gueto, retratando o cotidiano da periferia. Realizada pela produtora Casablanca, a partir de argumento do cantor Netinho de Paula, a produção não chegou a ser um fracasso, mas também não alavancou a audiência da Record para os parâmetros desejados por seus executivos. Ainda, em 2006, co-produziu com o canal transnacional Fox o produto Avassaladoras. Deficitário no quesito audiência, teve seu horário de exibição alterado por diversas vezes.
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