20 de outubro de 2010

Resumo do resumo da “Fazenda” expõe burradas, gritinhos e “papel de homem”


 
Enquanto o “BBB” faz edições temáticas, contando histórias e criando enredos a partir de situações ocorridas em diferentes momentos do reality show, “A Fazenda” opta quase sempre por apresentar os fatos de forma cronológica, sem agrupá-los. Isso deixa o programa com uma aparência mais “natural”, mas menos dinâmica, que o seu rival.
Veja o programa de terça-feira, décimo-quinto dia do confinamento. Divididos desde o início em três grupos, os participantes estabeleceram um conflito de dois deles contra um. Isso resultou na indicação de três membros do mesmo grupo (Tico Santa Cruz, Sergio Abreu e Carlos Carrasco) para a roça.
Haveria inúmeras possibilidades para a edição explorar este conflito, ajudando ou “sugerindo”, como faz o BBB, interpretações para os fatos. A opção pelo resumo cronológico talvez seja mais fácil de fazer, mas não é mais “isenta” – alguém sempre escolhe por nós o que vamos ver e deixar de ver à noite no resumo do dia.
Nas frases que selecionei abaixo, apresento um resumo do resumo, ou seja, uma tentativa de explicar o que aconteceu terça-feira na “Fazenda” com base no que mais me chamou a atenção. Veja se é possível entender o que houve:
“Ela está tão perturbada que fala um monte de coisa junto e você não entende”. (Viola, ex-jogador de futebol, sobre Janaína Jacobina, jornalista)
“Você está parecendo a Alcione, velho” (Dudu Pelizzari, ator, vendo Viola fantasiado de biquíni e peruca)
“Hum, gatíssimas” (Britto Jr., apresentador, depois de mostrar Viola, Dudu e Daniel Bueno, modelo, fantasiados de mulher)
“Não tenho esse lado sensual e sexual” (Lizi Benites, modelo, vulgo Piu Piu)
“E o funk, graças a Deus, o pessoal colocou como cultura” (Andressa Soares, dançarina de funk, vulgo Mulher Melancia)
  • “E o funk, graças a Deus, o pessoal colocou como cultura”, explicou a Mulher Melancia no programa de terça-feira

“Eu nem sei se eu sou famoso” (Viola, antes de falar da mãe e chorar)
“Um amigo me disse que minha maior qualidade é conseguir admitir meus erros e pedir desculpas por eles” (Dudu Pelizzari, pensando em se desculpar com Luiza Gottschalk, apresentadora e Sergio Abreu, ator)
“Isso que você está mostrando agora não é papel de homem” (Nany People, drag-queen, para Dudu, sobre o pedido de desculpas)
“De fato, peguei pena do moleque” (Tico Santa Cruz, roqueiro, sobre Dudu)
“Os participantes da ‘Fazenda’ dão trabalho, mas os bichos também. Hoje foram os porquinhos” (Britto Jr.)
“Avisa logo, depois discute quem é o culpado” (Tico, pedindo socorro para o porco que foi pisado por um cavalo)
“O que aconteceu poderia ter acontecido com qualquer pessoa” (Janaína, sobre o acidente com o porco)
“Então assume a burrada que você fez” (Nany People para Janaína, sobre o acidente com o porco)
“Talvez a gente não tenha a inteligência que eles têm. Mas a gente tem força de vontade” (Viola para Janaína e Sergio Abreu)
  • “Talvez a gente não tenha a inteligência que eles têm. Mas a gente tem força de vontade”, diz Viola para a jornalista Janaína Jacobina
“Quando chegar no México, ela vai ser recebida de braços abertos” (Tico, sobre os talentos de Ana Carolina Dias como atriz)
Fonte:
“Vou votar na Luiza por questões pessoais mesmo. Ela tem uma oscilância (sic) de humor que não me agrada” (Nany People)
“Meu voto vai para a Carol, minha parceira de cama e edredon” (Carlos Carrasco, maquiador)
“Espero mostrar para o público e trabalhar com a Record porque aqui eu estou sendo eu” (Carol, em sua defesa)
“A Carol dá gritinhos e gritinhos com pernilongos. Além de estar interpretando, ainda tem toda essa frescura” (Luiza)
“Ou o Brasil se acha cego e surdo, ou tem três pessoas que se acham mais inteligentes que o Brasil” (Dudu)
“Nós decidimos mandar os três homens para a roça. Por isso vai o grande Carrasco” (Sergio Abreu)
“Queria lembrar ao Pequeno Notável que ele não foi escolhido para ficar. A Geisy é que foi escolhida para sair” (Tico sobre Dudu)
“Eu mereço ficar tanto quanto meus companheiros de roça” (Carrasco)
Resumo da ópera: Sergio Mallandro não fez nenhum “glu-glu” nem “bilu tetéia” nesta terça-feira.
Fonte: Maurício Stycer

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