24 de janeiro de 2010

Francisca Queiroz defende personalidade moderna de Antônia, em "Poder Paralelo"



Dividir um homem com outra não é uma ideia popular entre as mulheres. Mas foi assim que a misteriosa e arrojada Antônia conseguiu se reaproximar do ex-marido Rafael, vivido por Floriano Peixoto, em "Poder Paralelo", da Record. Com um jeito doce, Francisca Queiroz defende sua personagem na trama de Lauro César Muniz. "Ela não tem sentimento de posse. Eu a vejo como uma mulher contemporânea que não quer um relacionamento sério, mas sim aproveitar", explica.


Por isso mesmo, a Francisca considera o papel aquele que mais difere do seu repertório. "Todos os meus trabalhos são muito distintos uns dos outros. Para mim, esse é mais ainda, até porque vim de uma cidade do interior", conta a atriz de Campinas -grande cidade do interior de São Paulo.

Além de interpretar uma personagem com um comportamento atípico, Francisca vive outra disparidade entre o atual trabalho e seu último papel na televisão. Em "A Lei e o Crime", ela interpretou Catarina, uma delegada que trabalhava a favor da lei. Agora, em "Poder Paralelo", Francisca saboreia o outro lado, o universo da ilegalidade. Isso porque a imprevisível Antônia está cada vez mais próxima da máfia que se infiltra na história.

"Ela seduz homens e mulheres para conseguir o que quer. Não sei quais são as intenções da Antônia, ela é um mistério para mim", admite. Segundo Francisca, apesar do tom intrigante da personagem, é jeito moderno da moça de mergulhar nos relacionamentos que mais sofre críticas do público, principalmente o feminino. "Colocaram na nossa cabeça que não é legal ser assim. Mas, aos poucos, a gente vem quebrando essa barreira", acredita.

Foi longe da ficção que Francisca buscou inspiração para o jeito atirado de Antônia. A atriz procurou analisar os motivos que levam uma pessoa a se relacionar afetivamente. E buscou elementos até na maneira de pensar das "moderninhas" que conhece. "Às vezes, a gente só quer tapar o buraco da solidão e não exatamente construir algo mais sólido com alguém", analisa.

É por causa dessa falta de familiaridade com o tema que Francisca se preocupa com o tom da personagem. A atriz aposta na leveza do humor para torná-la mais interessante. "Acho que, em determinadas situações, você pode falar qualquer coisa sem agredir se tiver um pouco de comédia", garante a atriz, que sempre que pode usa a técnica a seu favor.

Para a atriz, o mais importante é fazer com que o público compreenda melhor a ideia que o autor quer passar. "Algumas cenas são mais pesadas. Acho que a gente recebe isso melhor quando está envolta de humor no lugar do drama", calcula. Mas essa não é a única preocupação de Francisca. Para ela, entrar em uma novela que já está na reta final tem lá suas complexidades. "É bem mais complicado, porque o elenco já está entrosado. Quando é no início todo mundo está esquentando junto."

Só que o fato não foi suficiente para diminuir a empolgação com o trabalho. Ela está adorando atuar em uma trama de Lauro César Muniz, do qual se diz fã. "O texto dele foge do convencional e as interpretações têm muito naturalismo. Entrar para a novela, mesmo que seja no finalzinho, vale a pena."

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