12 de julho de 2012

O pior do Maior no SBT


 O sapo virou príncipe, ontem no Maior Brasileiro. Justamente quem aparentava não atingir as espectativas, saiu-se muito bem. Nascimento mostrou ser um bom comunicador. Faltou criatividade, é claro, não poderia ser perfeito já na primeira apresentação, mas deu o recado, soube conduzir o programa, conseguiu manter a mesma simpatia vista nos noticiários. Exorcisou o fantasma Chapelin/Padrão, onde o âncora de jornalísticos não pode se desgrudar do teleprompter. Ontem vimos a quebra de um padrão.
E o programa, para que veio? Se utilizaram Carlos, se a propaganda induzia a mostrar algo qualificado, fugiram desta idéia. Quando o leitor liga a tv, vê Nascimento diante das câmeras, logo pensa, lá vem algo bom, bem produzido. Quem pensou isso, não deve ter saído satisfeito. Enquanto Amado Batista é escolhido como um dos maiores e por esta razão, convidado para fazer uma apresentação, Chico Buarque, também um maior, só aparece em fotos. Tom Jobim, também maior, poderia ter suas músicas cantadas por alguém como Maria Rita. Não teve. Cantora evangélica, sim, surgiu impávida, apontando para o céu, pronta para louvar. Ela estava lá. Até Michel Teló deu o ar das graças. Dois pesos e duas medidas. Se chamam a linha brega, por que deixam de lado o suprassumo da nossa música? Mesmo não podendo apresentar Chico, que venha alguém expor sua música.
Quanto a escolha dos maiores, SBT está totalmente isento da balbúrdia. Joelma, Teló, Batista, Datena desfilaram pelo imaginário popular com a mesma maestria de Duque de Caxias, Jorge Amado, Drummond. Uma festa maluca. Quando Nascimento foi à platéia perguntar qual o maior de sua preferência, emergiram nomes como Luan Santana e padre Marcelo Rossi; tive a impressão de ver um “deixa pra lá” na expressão do apresentador.
Deixa pra lá!

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