Cris é uma arrivista e fisgou um ricaço bem mais velho que ela. Consumado o casamento, a personagem de “A vida da gente” interpretada por Regiane Alves quis um filho. Como o marido fez vasectomia, o casal partiu para métodos de fertilização em laboratório e agora ela é mãe de um menino de uns 6 anos. O garoto é tratado com desprezo pelo pai, mais velho e sem paciência para crianças. Cris também não tem interesse real pelo filho, que fica entregue às babás. É ou não é um drama?
Pois numa produção em que o título, autoexplicativo, aponta para a pegada realista que reina em todos os demais núcleos, essa trama recebeu um tratamento de comédia. Não faz o menor sentido. Regiane Alves é uma boa atriz, mas está dirigida para atuar como periguete caricata, mesmo quando o enredo pede sofrimento. É um desperdício. Não apenas do talento dela, como de um bom tema a ser explorado na televisão: pais que não se responsabilizam pelos filhos, seja essa responsabilidade a de educar, seja a de amar. Malu Valle, outra excelente profissional, aqui funciona como mera escada para Regiane. Também é pena.
No mais, “A vida da gente” acerta no drama, e sem pesar. Comove também pela beleza de sua fotografia, e por seu elenco de primeira.
KOGUT
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