7 de março de 2011

Unidos da Tijuca, Vila Isabel e Mangueira brigam pelo título


Modernidade, perfeição e emoção encantam o público na primeira noite de desfiles

Ernesto Carriço / Agência O Dia
Ernesto Carriço / Agência O Dia
Comissão de frente da Unidos da Tijuca fez o público perder a cabeça

  Prometendo lavar a alma dos foliões, a Unidos da Tijuca não precisou fazer muito esforço para que a Marquês de Sapucaí em peso se entregasse aos gritos de “bicampeã”. Com um desfile arrasador, a escola conseguiu, assim como em 2010, surpreender e encantar o público e mostrou que vem como forte candidata ao título deste ano.

Responsável pelo sucesso da escola, mais uma vez o carnavalesco Paulo Barros mostrou que ousadia e criatividade não são problemas para ele. Com o enredo Essa Noite Levarei sua Alma, a Tijuca brincou com o medo e apresentou na avenida os clássicos dos filmes de terror. Indiana Jones, A Múmia, Tubarão e sucessos de bilheteria como Avatar e Transformers foram muito bem representados ao longo do desfile.

Mas quem arrancou aplausos calorosos e foi ovacionada pelo público foi a comissão de frente, que trouxe bailarinos como zumbis, que “perdiam a cabeça” na coreografia.
Coreografia, aliás, foi o que não faltou nas alas. Das arquibancadas, camarotes e frisas [lugares privativos na frente das arquibancadas], a torcida respondia à passagem da escola cantando o belo samba-enredo da Unidos da Tijuca.

Vila Isabel  e Mangueira entram na briga
Duas últimas escolas a pisar na avenida, Vila Isabel e Mangueira se juntaram à Unidos da Tijuca como favoritas ao título.
Com um desfile tecnicamente perfeito, a Unidos de Vila Isabel apresentou ótimas alegorias e fantasias. Repleta de musas para ajudar a contar o enredo Mitos e História Entrelaçadas pelos Fios de Cabelo, a azul e branco abriu o desfile com a Medusa na comissão de frente e fechou com a modelo Gisele Bündchen, no último carro, representando Vênus, a Deusa da beleza.

Já a Mangueira, que pisou na Sapucaí com quase uma hora de atraso por conta de problemas com o som, emocionou ao contar e cantar a vida de Nelson Cavaquinho, que completaria 100 anos em 2011. Com muita ousadia, a bateria do mestre Aílton fez longas paradinhas, as maiores da noite, e deixou torcida e integrantes da escola levando o samba no gogó.

O que pode pesar contra a escola é a "corridinha" no fim, que ela fez para não estourar o tempo de desfile.
Mangueira
Verde e Rosa emocionou a avenida com o enredo sobre a vida de Nelson Cavaquinho
Bateria da Imperatriz dá show e Portela desfila com garra

Quem também deu um verdadeiro show de sonoridade foi a Imperatriz Leopoldinense. Sob o comando do mestre Marcone, a bateria da verde e branco usou e abusou das paradinhas.
Além disso, os ritmistas inovaram e, além dos tradicionais instrumentos, como surdo, repique e tamborim, usaram berimbaus. Com belas alegorias e adereços, a Imperatriz não vai brigar pelo título, mas pode lutar para voltar no desfile das campeãs.

Uma das escolas prejudicadas pelo incêndio na Cidade do Samba no dia 7 de fevereiro, a Portela entrou na avenida apenas para “cumprir tabela”, uma vez que este ano não haverá rebaixamento e a escola sequer será julgada.

Com algumas alegorias e fantasias mal-acabadas ou incompletas, os componentes compensaram os problemas com muita garra e samba no pé.
Fonte:R7.com

0 comentários:

Postar um comentário

Obrigado! E comente a vontade!!!!

Seguidores