16 de janeiro de 2010

“SBT Brasil – Uma Intimidade Invadida”

Já está nos videos da web o comentário infeliz que o cônsul do Haiti fez sem saber que estava sendo gravado pelas câmeras do SBT. Tanto não sabia que nem com a repórter estava falando, mas sim com uma pessoa amiga ao lado.

Então fica aqui a grande questão. Até que ponto é ético colocar no ar algo gravado nas alcovas?

Veja, não se trata de descobrir corrupção, nem crime. Estou falando de uma gravação de um comentário feito entre duas pessoas, algo muito pessoal.

Muitas vezes, fora das câmeras, falamos coisas impensadas, desabafos, bobagens. É o direito do ser humano de errar no seu bastidor.

Sei que meu telefone pessoal já foi muito escutado, sabe-se lá por quem, e quem tiver as gravações minhas com meus amigos no telefone, vai ouvir coisas as mais diversas.

Já xingamos várias pessoas, já falamos bobagens sobre pessoas, e isso não que desabafos ou brincadeiras sejam base de verdade ou acusação.

Quando dois jornalistas falam ao telefone, sempre falam mal de uma terceira pessoa e isso não quer dizer que odeiem essa pessoa, mas sim, são brincadeiras que se fazem nos bastidores.

Da mesma forma, vi ontem a reportagem do SBT mostrando um desabafo irresponsável do cônsul do Haiti, num momento de tensão. A própria reportagem mostra que o tal cônsul tem centenas de parentes no Haiti, ou seja, ele está mais do que tenso.

A pergunta que fica é se um dia, por acaso, alguém gravar algo impensado que por ventura Carlos Nascimento fale no intervalo do jornal com sua companheira de bancada, se a emissora terá a mesma isenção pra colocar no ar.

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