'A Fazenda': "Nosso reality é diferente dos outros", diz Britto Jr. em entrevista

No comando de A Fazenda, da Record, Britto Jr. comemora o sucesso do reality. Vindo de um programa de variedades, o Hoje em Dia, o apresentador disse, em entrevista ao Terra, que aceitou o desafio por gostar de projetos diferentes. "Me senti honrado com o convite". E ressaltou que não há como comparar o programa com o Big Brother, por exemplo. "Os dois são realities, mas não tem nada a ver", disse.
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Leia a entrevista na íntegra:
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Como tem sido a experiência de apresentar A Fazenda e como surgiu o convite para este trabalho?
O convite partiu da direção da emissora. Logo no primeiro momento fiquei honrado, porque eu gosto de projetos diferentes, que misturam jornalismo com entretenimento. Porque precisa ter uma técnica jornalística para separar os melhores momentos, veicular o que mais interessa, o resumo dos acontecimentos. É um programa de noticias reais sobre um programa de entretenimento. E o meu perfil era o que eles precisavam, mais divertido, mas com credibilidade. .
Você chegou a assistir alguma edição do The Farm, que inspira o reality? O que você adquiriu destas observações?
Assisti alguns, não todos porque o programa é exibido em mais de 40 países. Usamos como referência para o cenário, inclusive para a apresentação, porque a nossa inspiração não é em nenhum outro programa.
O que a gente está fazendo é igual ao The Farm. Com referência neles, a gente tentou dar para o meu trabalho uma sobriedade e uma sutileza na apresentação como é na Inglaterra, por exemplo, mas não foi bem aceito, ninguém gostou. As pessoas não reconheceram o Britto que todos gostam, então fizemos uma análise e resolvemos mudar, para que eu fosse o Britto q todos conhecem.
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São praticamente três semanas de programa. Ainda há ajustes a serem feitos?
Um programa de televisão tem uma complexidade muito grande. Os ajustes foram feitos da primeira para a segunda semana. É uma questão, também, do público entender como o programa o funciona e isso já aconteceu. Por exemplo, eu fui ao cabeleireiro e a moça que lavava o meu cabelo usou todas as expressões de A Fazenda, o Tá na Roça, Fazendeiro, etc. Ninguém usou termos de outros programas.
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Você acompanha os participantes nos bastidores?
Eu acompanho todos os dias o programa. Quando estou em Itu, tenho um monitor no meu camarim e fico vendo. Além disso, recebo relatórios sobre o que aconteceu durante o dia.
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Quando é necessário que a produção interfira na casa e converse com os participantes?
Quando o microfone não está funcionando ou quando eles esquecem de colocar. Ou então, quando eles precisam cumprir algo como comunicar o Fazendeiro da semana. Mas são todas vozes gravadas, tudo automático.
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Esta semana, Chris Flores elogiou sua apresentação no Hoje em Dia. Como você tem recebido as críticas ao seu trabalho? As pessoas estão gostando?
Tenho recebido muito bem. Só tenho tido boas notícias e uma boa receptividade. As pessoas estão percebendo como eu tenho de ser no programa, que eu não posso interferir, não posso adjetivar muito quando estou falando com os peões, não posso levar informações daqui de fora para lá. Dentro da emissora também tenho percebido que as pessoas estão gostando, que esta sendo um sucesso o programa.
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Inclusive, A Fazenda tem levantado a audiência de outros programas da emissora.
É uma troca. A gente alimenta os outros programas e eles nos alimentam. Uma mão lava a outra. .
O público estava acostumado com o formato do Big Brother, que também tem provas, berlindas e um prêmio. Qual é a principal diferença entre o BBB e A Fazenda?
Eu acho que já passou da hora da gente parar de fazer comparações. A referência do Big Brother é uma e de A Fazenda é outra. O nosso manual é de A Fazenda, de nenhum outro reality. Os dois são realities, mas não têm nada a ver. O nosso programa tem as suas próprias regras. Não há ponto de comparações. O público usar o big brother como referência, eu posso até compreender e aceitar, mas não concordo com comparações.
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Para você, porque as pessoas gostam tanto de realities?
É uma coisa que está dentro do ser humano pensar como seria se a nossa vida fosse transmitida para o mundo. A gente se identifica com as pessoas que estão lá dentro, a gente meio que vive num confinamento, já que estamos cercados por muitas câmeras, por uma questão de segurança, e não podemos fugir delas.
Além disso, a gente faz um laboratório com o programa, ainda mais com pessoas que o público conhece, como é o nosso caso. A imagem pública, às vezes, não é a mesma que a pessoa tem no dia-a-dia. É irresistível.
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Você acha que todos os participantes estão jogando?
Eu acho que quando se tem um prêmio de 1 milhão de reais, você entra no programa e meio que se prepara para competir. Eles fazem amizades, tentam evitar os conflitos, outros, talvez, estejam buscando a estratégia do confronto. A Babi, por exemplo, parecia que estava jogando bem, mas foi eliminada. Esta semana vai ser interessante, porque temos três homens e aí nós vamos descobrir o que o público está achando da estratégia de cada um deles.
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Você, como telespectador, teve alguma surpresa ou decepção com algum participante?
Olha, que me decepcionou não, mas que me surpreendeu, sim. Eu não vou citar nomes, até para não influenciar o público. Mas será que eu me surpreendi porque o que eu pensava era pela imagem pública ou será que eles estão jogando? Não sei.
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Há possibilidades de o programa ser transmitido 24 horas por dia e dos desafios serem ao vivo?Sobre o desafio eu não sei, mas a transmissão 24 horas, com certeza. A Record está em negociação, mas ainda não foi possível negociar isso. Pode ser que seja ainda para esta edição ou para a próxima. E isso é bom porque traz transparência ao programa.
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Quando acabar A Fazenda, você voltará para o Hoje em Dia?
O combinado é que eu volte, sim. Mas, antes, talvez tenha uns dias de folga porque por estes dias não tem como ter folga nos finais de semana. Mas eu estou adorando, estou muito contente, completamente envolvido com o trabalho e não vejo problema em ir e voltar de Itu todos os dias. Estou gostando mesmo.